“Conquistei”, “sou competente”, “superei a mim mesmo” – mais do que meras frases, essas expressões representam sentimentos que nos impulsionam a transcender, a traçar metas mais audaciosas e a alcançar novos desafios.
Essas emoções podem ser despertadas em diversas atividades, mas, sem dúvida, é nas empreitadas em que colocamos a “mão na massa” para construir algo com nosso esforço e imaginação que encontramos um sabor especial.
É essa sensação inspiradora que o Movimento Maker busca incitar, nascido da necessidade de estimular a criação de soluções, sejam elas ferramentas, sejam elas tecnologias. Nesse contexto, aprofundar-se na criatividade, alimentar a curiosidade e abraçar a coragem tornam-se fundamentais.
E sabia que existe um local ideal para vivenciar plenamente o espírito do Maker em Foz do Iguaçu?
Este lugar é o Lab Maker Iguaçu, um ponto de encontro para mentes inovadoras que integram o ecossistema do Parque Tecnológico Itaipu. O objetivo da construção desse espaço sempre foi proporcionar, não apenas para os habitantes do ecossistema do PTI-BR, mas também para a comunidade em geral, acesso a um ambiente de experimentação, criação e inovação.
Conheça melhor sobre o projeto neste artigo!
Movimento Maker: entenda o que é e como surgiu
Certamente, você já se deparou com tutoriais de DIY – “Do It Yourself” ou “faça você mesmo” – nas redes sociais. Esse movimento é uma ramificação do Maker, originado na década de 1950 em um cenário pós-guerra, marcado pela escassez de recursos e materiais.
Nesse contexto desafiador, onde a mão de obra era cara, a necessidade de adaptações criativas se tornou imperativa. Assim, as pessoas começaram a empregar a imaginação, ferramentas e recursos disponíveis para criar, fabricar, consertar ou montar objetos por conta própria em locais partilhados, dividindo materiais e saberes.
O Movimento Maker transcende simples execuções, defendendo a ideia de que qualquer indivíduo é capaz de criar, modificar, reparar e fabricar diversos objetos com as próprias mãos. Além disso, promove a troca de conhecimentos em diversas áreas.
Tecnologia e Educação: visão e trabalho em grupo transformando a maneira de ensinar e aprender.
Movidos por essa filosofia, as equipes de Educação, Tecnologias Aplicadas e Negócios, atentas às inovações contemporâneas, decidiram se desafiar e incorporar esses conceitos aos processos de ensino-aprendizagem e prototipagem. Assim, deram vida a um laboratório equipado com materiais, computadores e, o mais crucial, repleto de oportunidades para aprender, testar, replicar, aproveitar e aprimorar projetos e habilidades.
Em uma entrevista ao nosso blog, o analista José Alberto narrou a trajetória desse espaço: “Iniciou como laboratório de IoT/hardware por volta de 2017/2018 com impressoras. Outras áreas começaram a demandar a produção de protótipos e outros produtos. Com o crescimento dessas demandas, surgiu a oportunidade de desenvolver e centralizar o LabMaker.”, explica.
Nesse mesmo período, a área educacional no Parque Tecnológico Itaipu passava por transformações significativas, e a abordagem de ensino por investigação, já difundida, necessitava ser aprimorada com a implementação de equipamentos tecnológicos e inovadores.
Realizar esse projeto não foi uma tarefa simples. Alguns obstáculos precisaram ser superados, como a busca por um espaço adequado, embora o Parque oferecesse diversas possibilidades. Encontrar o local ideal para a instalação do LabMaker foi uma preocupação crucial, pois precisava atender às expectativas de todos os envolvidos.
No entanto, a solução foi encontrada, e o LabMaker Iguaçu foi instalado em um dos blocos do Parque, próximo à equipe de Educação, oferecendo amplo espaço para que todos pudessem usufruir plenamente do ambiente.
Contribuindo para a iniciação científica e social
Atualmente, o LabMaker Iguaçu desempenha um papel fundamental no fortalecimento do movimento maker, colaborando ativamente com todo o ecossistema por meio de iniciativas notáveis. Um exemplo é a contribuição para a criação de uma impressora em Braille, um projeto liderado por três estudantes do Colégio Sesi Internacional.
Esses jovens talentos desenvolveram um equipamento inovador capaz de reproduzir textos no formato braille, e grande parte desse processo de criação e aprimoramento ocorreu nas instalações do LabMaker Iguaçu.
É inspirador pensar que estudantes do ensino médio têm a oportunidade não apenas de conceber, mas de realizar projetos tão impactantes que beneficiam diretamente a vida de muitas pessoas.
O LabMaker Iguaçu desempenha um papel crucial no apoio a projetos de pesquisa das universidades Unila e Unioeste. O laboratório disponibiliza seus recursos avançados, como cortadora a laser e impressora 3-D, e oferece conhecimento técnico especializado para otimizar as aplicações dessas ferramentas e de muitas outras que o espaço abriga.
Além disso, a educação básica em Foz do Iguaçu é profundamente enriquecida pelo LabMaker Iguaçu. Ao longo do ano de 2023, mais de três mil crianças e adolescentes foram beneficiados pelos espaços educativos do laboratório, participando de atividades fundamentadas em metodologias ativas, abordando temáticas de tecnologia, energia, meio ambiente e sustentabilidade.
Essa abordagem prática e envolvente proporciona uma experiência educacional única, inspirando as gerações futuras a explorar o mundo da ciência e da tecnologia com entusiasmo.
Oportunidades para toda a sociedade
Recorda-se do propósito deste espaço? Proporcionar acesso a um ambiente de experimentação, criação e inovação.
Em sintonia com essa missão, o LabMaker Iguaçu oferece workshops abrangendo programas de modelagem, fatiamento e impressão 3-D, além de abordar tópicos como desenho, recorte e gravação a laser em 2-D, microcontroladores, introdução ao Linux, entre outros. Estas oficinas podem ser agendadas por meio do nosso site, basta clicar neste link.
Outra oportunidade empolgante, especialmente para crianças de 8 a 11 anos, é a participação no Clube Maker, programado para ocorrer entre 15 e 19 de janeiro de 2024.
Esta iniciativa visa potencializar habilidades como resolução de problemas, inovação, criatividade, trabalho em equipe e liderança de uma maneira lúdica e experimentativa, utilizando as metodologias ativas e práticas do movimento maker.
Dessa forma, as crianças terão a chance de vivenciar uma experiência maker, utilizando materiais de baixo custo, low-tech e high-tech e incorporando conceitos de sustentabilidade.
O programa inclui atividades para reconhecer diversas formas de arte e suas conexões com a sustentabilidade, compreender e diferenciar componentes eletrônicos, identificar e construir circuitos elétricos relacionados a situações reais, bem como aprender os fundamentos e manusear ferramentas, como a cortadora a laser para a produção de protótipos.
As inscrições serão divulgadas nas redes sociais do PTI-BR, portanto, fiquem atentos para não perderem essa oportunidade!
Fale conosco pelo e-mail educacao@pti.org.br