Saiba mais sobre as ações que estão sendo desenvolvidos pelo Parque Tecnológico da maior geradora de energia limpa e renovável do mundo, a Itaipu, localizado em Foz do Iguaçu, Paraná.
Nos últimos anos, o hidrogênio tem atraído uma atenção significativa de governos e pesquisadores, pois foi identificado como um combustível alternativo, com uma promessa de grande contribuição para a transição energética e indispensável no processo de descarbonização da economia. Neste contexto, como ocorre naturalmente em muitas outras áreas tecnológicas, após superadas as barreiras técnicas, os desafios ficam centrados no desenvolvimento dos modelos de negócio que proporcionem viabilidade econômica.
Para isso, a criação de mecanismos de alavancagem de mercado, com órgãos de fomento, como a Financiadora de Estudos e Projetos (FINPEP) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); com as associações civis, como a Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2), a Associação Brasileira de Energia de Resíduos e Hidrogênio (ABERH), a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (AMPROTEC), a Sociedade Brasileira Pró-inovação Tecnológica (PROTEC) e com os atores governamentais relevantes, como o Ministério de Minas e Energia e o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, juntamente com a Empresa de Pesquisa Energética, além claro da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), é essencial para o Brasil conseguir maximizar as oportunidades da aplicação do hidrogênio em diferentes nichos de mercado.
Assim, estudando tecnologias do hidrogênio há mais de 10 anos e prospectando oportunidades para o este mercado, o Parque Tecnológico Itaipu está à frente do desenvolvimento de tecnologias de energia à base de hidrogênio. Como já vimos (link primeira matéria), desde 2011, o PTI Brasil iniciou suas atividades com a construção de uma Planta Experimental para a produção de hidrogênio por meio da eletrólise da água, em parceria com a Itaipu Binacional e a Eletrobras. A planta construída contempla um conjunto de equipamentos, incluindo a unidade de eletrólise, de compressão e armazenamento do hidrogênio e ambiente de aplicação com célula a combustível. A planta experimental está sendo atualmente atualizada por meio das unidades de geração de energia com painéis fotovoltaicos e do sistema de armazenamento de energia usando baterias.
Desse modo, o conhecimento adquirido durante esses anos, credenciou o PTI-BR para elaborar projetos e arranjos técnico-comerciais desde a produção até a aplicação do hidrogênio, além da capacidade de operacionalizar plantas pilotos, e de demonstração de hidrogênio, incluindo atividades de manutenção e instrução em segurança. Um exemplo é a participação do PTI-BR nos projetos de demonstração no Brasil. Atualmente, os projetos demonstrativos em andamento são os executados por CESP e Furnas (Eletrobras). O PTI-BR também fornece apoio técnico especializado para o projeto de Furnas, na Usina de Itumbiara (GO), e discute com empresas do setor novos projetos dessa natureza. Recentemente, o PTI-BR, em apoio aos objetivos nacionais, liderado pelo Ministério de Minas e Energia, de promoção da geração de energia por fontes renováveis, especialmente na produção do hidrogênio, vem atuando em tratativas, envolvendo fundos internacionais, com a elaboração de projetos demonstrativos com foco no desenvolvimento do mercado brasileiro de hidrogênio.
O Parque mantém ativamente atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) no tema, visando contribuir com a superação de barreiras tecnológicas e a inovação do Brasil, para promover a transição energética com soluções inovadoras de baixo carbono.
Participações recentes do PTI-BR na temática
Junto a Itaipu Binacional, o Parque Tecnológico participou do Diálogo de Alto Nível da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre Energia, apresentando ao mundo, junto com o Ministério de Minas e Energia, o Pacto Energético Brasileiro sobre o Hidrogênio; o PTI também apoia o MME nas diretrizes do Programa Nacional do Hidrogênio, com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento do mercado interno brasileiro em hidrogênio e inserção de soluções de baixo carbono.
Além disso, o Parque prestou contribuições técnicas na elaboração do Plano Nacional de Energia 2050, principalmente nos seguintes tópicos: i) a importância do papel da Economia do Hidrogênio Verde na transição energética e a relevância do papel do Brasil como grande player nesse novo cenário; ii) a necessidade de estimular o uso do hidrogênio para a descarbonização de setores como: transportes, indústria química, residencial, bem como de geração de matéria prima “limpa” para a indústria, como por exemplo, o setor de siderurgia, entre outros; iii) o uso de tecnologias para o armazenamento de hidrogênio, principalmente na forma de hidretos metálicos, utilização de CO2 obtido a partir da produção de biometano para reagir com hidrogênio, produzindo os chamados e-fuels, entre outras contribuições.
Outra importância participação do PTI, é como desenvolvedor da Norma ISO: Green Hydrogen – production requirements, com a ABNT e outras instituições, com o objetivo principal de criar requisitos para a produção de hidrogênio verde. Além disso, participa ativamente na elaboração de projetos pilotos, contando com parceiros nacionais e internacionais, com a finalidade de promover a inserção de soluções de baixo-carbono, por meio de tecnologias de hidrogênio no Brasil.
O Parque também participou do Italy-Brazil R2B workshop, um evento que teve como objetivo promover a interação dos dois países, a fim de melhorar a colaboração tecnológica e a produção industrial, contando com a presença da indústria, empresas públicas e de tecnologia, centros de pesquisa científica e empresas de desenvolvimento tecnológico no campo de hidrogênio.
E assim o PTI Brasil vai trabalhando no tema hidrogênio, consolidando uma referência técnica no tema de hidrogênio sustentável.
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