Escrito por Thays Resende Achucarro
A utilização de dashboards para relatórios e divulgação de resultados é uma potente aliada na disseminação de conhecimento, pois permite que um grande volume de dados e informações seja compreendido de forma clara e acessível.
Sua aplicação está intrinsecamente relacionada ao crescimento da cultura orientada a dados (data driven culture), em que é enfatizada a utilização de dados como base das tomadas de decisões.
Entenda, neste conteúdo, o que é visualização de dados e como podemos utilizá-la como ferramenta para disseminação de conhecimento.
O que é visualização de dados e o que é cultura orientada a dados?
A visualização de dados nada mais é do que essa transformação de dados tabelados e volumosos em gráficos, dashboards e reportes coloridos cheios de informações que permitem a uma organização tomar decisões fundamentadas em dados.
Como iniciar o processo de construir uma visualização de dados?
Iremos utilizar como exemplo para este artigo o desenvolvimento da dashboard para o projeto Remonar.
Podemos definir cinco grandes passos para a construção de uma dashboard de visualização de dados:
Imagem: Trilha de implementação
1. Análise e definição de perguntas
Inicialmente, realizamos o levantamento das principais questões que serão respondidas. Para isso, é preciso ter definido o público-alvo da dashboard e quais usuários irão utilizar as informações geradas por meio dos dados. A partir disso, é iniciada a análise da fonte de dados, onde é possível validar a viabilidade de responder às perguntas levantadas.
2. Definição da ferramenta
Para o desenvolvimento da dashboard de análises de águas residuais do projeto Remonar, foram disponibilizados os dados em planilhas, porém, devido à diferente origem dos dois conjuntos de dados, a frequência de atualização dos dados poderia variar. No caso em questão, a ferramenta disponibilizada pela UFABC para a construção da dashboard foi o Power BI, instrumento de visualização de dados bastante difundido no mercado de trabalho e que apresenta uma rápida curva de aprendizado.
A ferramenta Power BI conta com um grande facilitador para a construção de dashboards que é permitir importar e relacionar mais de uma fonte de dados, possibilitando, assim, que os dados de diferentes origens sejam apresentados em um mesmo ambiente.
3. Padronização dos dados
No caso apresentado, houve uma grande preocupação da equipe com a disponibilização dos dados padronizados. Essa etapa envolve não somente o tratamento dos dados, mas também a definição de um padrão de importação de novos dados para atualizações futuras.
Imagem: Modelagem dos dados do projeto na ferramenta Power BI
Com a facilidade de importação de todos os dados em uma mesma ferramenta, é então iniciada a fase de construção da dashboard utilizando as seguintes perguntas levantadas na etapa 1:
– Qual é a média de concentração viral nos pontos amostrados?
– Qual é a data da última semana epidemiológica presente na fonte de dados?
– Qual é a maior carga viral registrada na base de dados?
4. Design e layout
Para cada pergunta levantada, existe uma série de boas práticas adotadas, por exemplo:
Uma métrica evoluindo ao longo do tempo: nesse caso, o ideal é utilizar um gráfico de linha;
Dados categóricos: utilizar um gráfico de barras;
uso de indicadores a serem apresentados: nesse caso, cabe a utilização de grandes números.
Contando ainda com uma equipe especializada em UX/UI (User Experience/User Interface), é possível utilizarmos técnicas de design centrado no usuário para aprimorar a experiência de visualização.
E considerando a disposição dos elementos visuais, a seleção de cores adequadas e a usabilidade intuitiva, podemos criar uma dashboard que seja eficiente e atraente para os usuários, permitindo uma compreensão clara e facilitada dos dados. A combinação entre as melhores práticas de visualização de dados e o design centrado no usuário resulta em uma poderosa dashboard que impulsiona a disseminação do conhecimento e auxilia na tomada de decisões informadas.
Imagem: Resultado Final da Dashboard
5. Publicação da dashboard
Por fim, com o desenvolvimento finalizado, basta publicar a dashboard e disponibilizá-la aos usuários e tomadores de decisão. É importante considerar a melhor forma de compartilhar a dashboard, seja por meio de uma plataforma on-line, seja por um sistema interno da organização ou até mesmo em formato de relatórios impressos.
É importante ressaltar que a equipe Analytics PTI, ao fim dos desenvolvimentos, fornece treinamento e suporte adequados para garantir que os usuários possam explorar a dashboard de forma eficiente e aproveitar ao máximo suas funcionalidades. Monitorar o uso da dashboard, coletar feedback contínuo e realizar atualizações periódicas também são práticas importantes para manter a relevância e a eficácia da visualização de dados ao longo do tempo.
Com uma dashboard bem implementada e disponível, os usuários terão acesso fácil às informações relevantes, contribuindo para uma cultura orientada a dados e promovendo a disseminação contínua do conhecimento.
O PTI-BR está constantemente buscando atualização na temática, em busca de prover soluções e acesso a informações de forma clara e intuitiva.
Para ter acesso a essa tecnologia, fale conosco pelo email nit@pti.org.br